quarta-feira, 15 de agosto de 2007

ÉXITO DAS I JORNADAS DE FORMAÇOM



A passada fim-de-semana desevolverom-se com grande participaçom as I Jornadas de Formaçom e Lezer. Por volta de cem pessoas participarom -entre moças e moços inscritos no encontro e aquelas que pontualmente se achegarom a algum dos actos celebrados- ao longo de tres dias nas jornadas sob a lenda "formando-nos para libertar Galiza".




Tal e como estaba previsto as Jornadas encetarom a sexta feira (venres), 10 de agosto, com umha ponência sobre "Consumismo e Lezer alternativo" da mao do historiador e activista do soberanismo Antom Santos. Nesta intervençom tentou-se dar conta da necessidade de fugir dos mecanismos e meios de "diverssom" que o sistema fornece à mocidade neste eido e que favorecem a alienaçom das moças e moços. Após esta intervençom, seguida dumha posta em comum desenvolveu-se umha ceia de confraternidade tendo como remate umha "foliada regueifeira".




O sábado 11, a partir das 11.30hrs, o arqueólogo Vítor Barbeito, do Centro de Interpretaçom Arqueológica do Barbança, sito nas proximidades do Castro de Neixóm, deu umha conferência introdutória a respeito da questom arqueológica no nosso país. Após da intervençom de Barbeito encetou-se umha caminhada desde o C.S. Roi Soga pola zona do Páramo e na altura de Argalo fixo-se um alto para que aquel "in situ" dera conta do património arqueológico galego diante da Anta da Cova da Moura. Despois prosegui-se a caminhada até a praia das Gaivotas (Porto do Som) onde se principiou um torneio de futvôlei.




Cara às 19.30hrs projectou-se o audiovisual "Línguas Cruzadas" da autoria de Maria Eanes a trevês do qual se reflexiounou sobre a situaçom da nossa lingua. A posta em comum estivo ilustrada e guiada polo lingüísta Eduardo Maragoto, quem trataou a distintos níveis sobre a espanholizaçom do nosso país assi como dos prejuiços existentes respeito o galego.




Após umha ceia e foliada as e os participantes marcarom cara o lugar habilitado para a durmida, em quanto o dia seguinte agardava o peche, altamente emotivo, das Jornadas...





O Domingo, 12 de agosto tocou a clausura das Jornadas. No 32 aniversário da morte em combate de José Ramóm, "Moncho", Reboiras, principou a manhá com umha charla sobre o nosso compatriota e o soberanismo galego na altura de 1964-1975. Da mao de Ugio-Breogám Diéguez percorreu-se a biografia de Reboiras. Este acto contou coa presença de Manuel e Sara Reboiras, irmao e sobrinha, respeitivamente, de Moncho. A charla foi seguida da inauguraçom da Sala "Moncho" Reboiras no C.S. de Noia convertindo-se esta num encontro altamente emotivo acompanhado polo canto do Hino Nacional.




De seguido as e os participantes destas Jornadas trasladarom-se a Imo onde tributarom umha homenage a Reboiras. Diante de onde se acham os seus restos Charo Lôpes, do C.S. Aturujo de Boiro, leu um contundente, brilhante e altamente, outra-volta, emotivo texto composto para a ocasiom. O acto rematou co canto do Hino Nacional e da Internacional.

Manifesto 12 agosto
[lido no cimetério de Imo]

O tricórnio esmagado (nos meus sonhos sempre ganham os bos). Mas com sonhos nom se ganham batalhas. Quando os pensamentos nom nascem em palavras o silenço é o homicida da revoluçom. E as palavras tenhem que erguer punhos, e os punhos tenhem que empunhar fouces. O mal nom é ente abstracto que fabrica e vende armas a nenos, que tortura algemados de goenlhos, que oprime povos...

Há muitos sentimentos estando aquí, ante a tumba dum galego que é semente. A carragem polo seu assasinato, a admiraçom polo seu esforço, a solidariedade coa sua luita... Que estejamos aquí 32 anos depois nom é umha simples homenagem à sua memória, nom é umha louvança a velhos heróis e mártires doutro tempo. Resulta vital falar da vigencia da luita, este mesmo ano vivimos a grêve do naval em vigo, onde tambem o Moncho estivo trabalhando em “Asteleiros Barreras” comprometido coa luita sindical, e vemos que pasarom os anos mas nom houbo mudanças substanciais. Nem nos convencem após anos de autonomismo. Neste ano vimos Ferrol em pé contra de Reganosa, escuitamos berrar desde Compostela que Galiza nom se vende, comezou o movemento estudantil contra o proceso de Bolonha... Nom queremos ser cúmplices. Temos que berrar, quando nos oprime a verdade no peito.

Os centros sociais parecem hoje umha resposta, um meio para fazer ouvir às pessoas silenciadas, para criar outras tendências, para oferecer outras espectativas, e sobre todo para tomar um papel activo. Para participar, para ver que podemos. É frustrante ser só espectadora do espectaculo que nos montam, jogando cada quatro anos à democracia escrevendo siglas numha papeleta.
Tambem para relacionarmo-nos, para falar coa gente, para criar laços, redes, para volvermo-nos poderosas. A autoorganizaçom é imprescindível para actuar.

Podemos rememorar dende os mártires de Carral até Reboiras, un home que luitou polo que considerou justo, como luitarom outros antes e como hoje se continua a luitar. Que chegou pola sua militáncia até as últimas conseqüencias, que deve ser para nós um exemplo. Mas tambem cumpre valorar o mártir colectivo, que marchou fóra, que se desangrou nas corredoiras, que aturou a humilhaçom. Assim coma ao heroi colectivo, que se ergueu, que se botou ao monte, que berrou, que lhe cuspiu na cara ao cacique e ao ministro de Madrid. O povo que berra lume! E resiste e resposta.

A guerra nom a ganha um so home, debemos valorar o que fixo Reboiras, mas tambem debemos pensar em todo o que nos deixou por fazer. Se consideramos justa a sua causa. Se é legítima a luita polo nosso direito a decidir sobre nós e na nossa casa. Já estamos fartas de termos que marchar, de termos que calar. Se nom o querem entender teremos que ensinar-lhes os dentes, porque nom nos enganam.

Há muitas frontes. O estado espanhol, como principal mandariqueiro nos nossos asuntos.
E logo o capitalismo:
Porque o Corte Inglés diz-me que o amor é proporcional ao número de quilates do ouro dum anel
A valia pessoal vai puntuada e descrita no Curriculum Vitae
A beleça consegue-se com Loreal
O prestígio determína-o a marca do teu carro
A saúde das tuas filhas vai dentro dum iogur de soia trasgénica
O bisom é um tipo de abrigo para a tempada outono-inverno.
E a felicidade guarda-se num bolso de Chanel

Mas, o Corte Inglés é um mentireiro.
Ou é que nom me queres mai, Quando me regalas bicos de valor incalculável?
E a beleça voa no falar, no olhar e nas carbalheiras
E a cultura máis grande, a dum povo, nom passa exame
E tamén levo umha saca chea de pretígio no pacote de atrás da minha bicicleta
E pedaleo saudavelmente sen aporte extra de bífudus.
Os bisoms fóra dos andeis da peletaria tenhem vida própria.
Ademais, nom podo, de ningumha maneira, levar a felicidade guardada.


Mas resulta dificil falar de revoluçom nestes dias, co ruído da televisom sempre de fondo. Pero temos que comprometer-nos. Continuar na defensa da terra. Amarrar-nos aos carvalhos. Comprometer-nos na defensa da língua. Berrar só em galego. Esigir os direitos do Povo Travalhador. Queimar as ETTs. Agarrar aos machos polas orelhas, que nom queremos ser princesas. Saber o que pasou, recuperar a memória. Falar cos velhos. Temos que resistir o afogo repressivo. Vivir a realidade Erguérmo-nos. Participar, Acçom directa... Apagar dumha vez a televisom.

Moncho Reboiras, a luita continua.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

1º CICLO DE CINEMA


Entre as diversas actividades que estám na agenda do C.S. Roi Soga fica o desenvolvimento de ciclos de cinema. A travês destes achegaremos obras cinematográficas a partir das que reflexionar, debater mais tamém pasar un cacho de tempo agradável entre amigas e amigos.

Desta vez, som tres as películas que pasamos do director e músico sérbio Emir Kusturica (1954, Saraievo)...




ANIMAI-VOS E PARTICIPADE DO CICLO DE CINEMA!

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

JORNADAS DE FORMAÇOM E LEZER



Umha das principais actividades do C.S. Roi Soga é a formaçom. Nesta orde de cousas, e junto aos C.S A Fouce (Bertamiráns) e Aturujo (Boiro), desenvolverám-se entre os dias 10, 11 e 12 de agosto as primeiras Jornadas de Formaçom e Lezer "Formando-nos para libertar Galiza" que som, em grande medida, herdeiras daquelas "jornadas Alexandra Bóveda para a reflexión e o debate" que hai anos se desenvolviam na bisbarra da Ría de Muros e Noia sob a participaçom da A.S.C. Roi Soga de Lobeira.




Estas novas jornadas combinam a formaçom co necesário lezer. Serám várias as ponéncias que se desenvolverám, desde a desfeita do nosso entorno natural até a história do nacionalismo galego, pasando por umha reflexom profunda sobre a realidade genérica do tempo de lezer na actualidade e as alternativas ao "desfrute" consumista do tempo livre...






Aliás, nas jornadas haverá espaço para as projecçons audiovisuais, as foliadas, os jogos populares e o desporto. A este último respeito, desenvolverá-se um encontro de futvôlei, aberto a todos os centros sociais do país, na noiesa praia de Testal, assi como caminhadas polo monte, (re) conhecendo o rico património arqueológico da zona.






As Jornadas pecharám-se o 12 de agosto, data na que se lembrará a Xosé Ramón, Moncho, Reboiras no seu 32 cabodano, procedendo-se a inaugurar a sala que leva o seu nome no marco do C.S. Roi Soga. Apôs a inauguraçom marchará-se até Imo onde se lhe tributará umha homenage na terra que viu nascer hai 57 anos a um dos cadros máis significativos do soberanismo galego do último terço do século XX.


As jornadas tenhem umha inscriçom de 10 € que inclui as ceias do 10 e 11

PROGRAMA DETALHADO
Sexta-feira (venres) 10 de agosto
Começo das jornadas às 20:00hrs.Charla sobre lazer (problemas e alternativas)
Ceia de apresentaçom. Foliada regueifeira
Sábado 11 de agosto
Às10:00 Charla sobre o deterioro do litoral galego. Roteiro (8kms) polo Páramo com umha parada em Argalo, onde fica a Anta da Cova da Moura. Fará-se umha introduçom ao património arqueológico galego. Fim do roteiro na Praia de Testal (Noia), lá campionato de futvôlei.
A partir das 16.30hrs encontro de jogos populares populares no passeio marítimo de Noia. A partir das 18.00hrs projecçom do documentário "Línguas Cruzadas" e palestra sobre a questom lingüística na Galiza
Domingo 12 de agosto
Às 10.30hrs Palestra sobre a história do nacionalismo (1960-1975) e de Moncho Reboiras. Inauguraçom da "Sala Moncho Reboiras" no C.S. de Noia. Roteiro (7kms) desde Rialinho (Dodro) até Imo e homenagem no cimetério desta localidade a Reboiras a partir das 14.00hrs. Volta a Rialinho e jantar popular.
Estam incluidas todas as comidas (almorços, jantares e ceias) e as durmidas das duas noites (necesário trazer um saco de durmir).
Todo polo módico preço de 10 euros, agardamos-vos a tod@s em Noia!!!!

+ info 650.87.70.46 ou 629.31.12.68